quinta-feira, 5 de novembro de 2015

795 - Fosfoetanolamina

Maiana Diniz, repórter da Agência Brasil
Grupo de trabalho vai estudar eficácia da fosfoetanolamina no combate ao câncer
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse hoje (29) que o ministério vai criar um grupo de trabalho para analisar a eficácia e a segurança da fosfoetanolamina na cura de casos de câncer, por meio de uma portaria com previsão de ser publicada amanhã (30), no Diário Oficial da União. “Vamos financiar e colocar os laboratórios públicos a disposição dos pesquisadores para chegarmos o quanto antes a um parecer final sobre essa substância”.
A fosfoetanolamina foi sintetizada pela equipe de pesquisadores chefiada por Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, em São Carlos, há cerca de 20 anos, e ficou conhecida nas redes sociais como "pilula do câncer", pela suposta capacidade de destruir tumores malignos. O problema é que a substância não passou oficialmente pelas etapas de pesquisa exigidas pela legislação, que prevê uma série de estudos antes de um medicamento ser usado por seres humanos. (*)
Segundo o ministro, os donos da patente concordaram hoje, durante audiência pública no Senado, em cumprir as exigências científicas para determinar a eficácia da droga, e vão participar do grupo composto por representantes do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para a realização dos estudos clínicos, os pesquisadores terão o apoio do Instituto Nacional do Câncer e da Fiocruz.
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(*) Drogas muito promissoras em estudos de laboratório e em animais têm uma notoriamente elevada taxa de insucesso em testes em humanos. "Nature"
A fosfoetanolamina é um composto químico orgânico presente no organismo de diversos mamíferos, convertido usualmente em outras substâncias que formam as membranas das células. Além dessa função estrutural, ela possui ainda uma função sinalizadora, ou seja, a de informar o organismo de algumas situações por que as células estão passando.

A fosfoetanolamina foi estudada em ratos com leucemia e apresentou resultados satisfatórios. Porém, estudos em humanos ainda não foram realizados para que a liberação de produção, a comercialização e o uso da droga sejam considerados seguros. A substância, por sua ação antiproliferativa, tem o potencial para ter uma função antitumoral (British Journal of Cancer (2013) 109, 2819–2828 | doi: 10.1038/bjc.2013.510).

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